Documentário de Pablo Lobato, 'Ventos de Valls' abre a Mostra Aurora em Tiradentes

Filme evoca as memórias de uma família que retorna ao local de origem 50 anos depois da emigração

por Carolina Braga 23/01/2013 09:24

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Beto Magalhaes/EM/D.A Press
O cineasta Pablo Lobato com Júlia Panadés e a filha Ana Panadés Lobato: em família (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)
Tiradentes
– A abertura da Mostra Aurora foi marcada pela estreia do novo documentário de Pablo Lobato, do coletivo Teia. 'Ventos de Valls' tem sido chamado de “filme de família”, porque é registro muito íntimo feito pelo cineasta sobre o retorno de sete irmãos da família Panadés, 50 anos depois, à região de onde foram forçados a emigrar no período pós-guerra. Na medida em que o longa recupera um passado de traumas e repressão, é também obra que lança um olhar sobre as memórias de infância, além de mirar o futuro. É a partir da curiosidade e da necessidade da pequena Ana, filha de Pablo, de descobrir o mundo, que toda a história se delineia.

Durante os 88 minutos de projeção, Pablo Lobato reforça seu interesse por linhas e formas ao mesmo tempo em que rompe com características comum do gênero documentário. Nas palavras do diretor, trata-se de “cinema observacional”. O projeto de Ventos de Valls nasceu primeiro como vivência da família, antes de ser materializado no cinema. Ao todo foram sete anos de dedicação à recuperação e registro da história. “Pensava muito em como o cinema daria conta daquela história. O tempo todo tentei sair um pouco da dimensão do registro familiar. É muito difícil”, diz.

Segundo Pablo Lobato, diferentemente dos outros lançamentos da Teia, que costumam estrear no exterior, a primeira exibição de Ventos de Valls foi pensada para ser em Tiradentes. Por enquanto, não há previsão de estreia no circuito comercial e nem apresentação em outros festivais.

 A repórter viajou a convite da organização da mostra.

>>> DESTAQUES DESTA QUARTA-FEIRA

>> Cine- Teatro
15h – Curtas: Porcos raivosos, de Isabel Penoni e Leonardo Sette; A banca, de Aloisio de Barros Correia; Cauhtémoc, de Leo Pyrata; Torre dos olhos, de Thaïs Dahas; Um diálogo de ballet, de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon; Sagrado coração, de Cauê Brandão
17h – Longa: Proezas de Satanás na Vila de Leva-e-traz, de Paulo Gil Soares

>> Cine- Tenda
16h –  Longa: Esse amor que nos consome, de Allan Ribeiro
18h – Curtas: Quando o céu desce ao chão, de Marcos Yoshi; Vasto mundo, de Gláucio Souza; Veraneio, de Leon Sampaio; Elefante invisível, de Elisa Ratts; Através, de Amina Jorge
19h30 – Longa: Ferrolho, de Taciano Valério
22h30 – Curtas: Retrato, de Adelina Pontual; Para poder parar o tempo, de Marcelo Lee; Cova aberta, de Ian Abe; Canto nenhum, de Eduardo Escarpinelli

>> Cine-Praça
21h – Curtas: Quem tem medo de Cris Negão?, de René Guerra; Cidade improvisada, de Alice Riff; O príncipe sapo, de Felipe Wolokita

>> Cine Tenda Bar Show
0h30 – Show: Brascubazz

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