A indicação da mais jovem atriz da história de 85 anos do Oscar, a estreante Quvenzhané Wallis (americana de 9 anos – tinha 6 quando filmou) por Indomável sonhadora foi apenas uma das surpresas dos indicados ao Oscar 2013, anunciados na manhã de quinta-feira, 10, em Los Angeles (EUA). A menina estará lado a lado com a veterana francesa Emmanuelle Riva, de 85 anos, que poderá celebrar duplamente no tapete vermelho do Dolby Theatre, em Los Angeles, em 24 de fevereiro, data da entrega do prêmio.
Além de concorrer ao prêmio de atriz por Amor, Riva, a atriz mais velha já indicada à estatueta, completará 86 anos no dia da grande festa do cinema. O austríaco Amor, por sinal, é outra grande surpresa do Oscar. Está não só na lista dos nove indicados a melhor filme como entre os cinco na disputa de melhor filme em língua estrangeira. E é exatamente nesse quesito que Belo Horizonte marca presença no tapete vermelho. O chileno No, único latino-americano na premiação, tem como produtor o mineiro Daniel Dreifuss, de apenas 34 anos, que até os 20 anos morou em BH.
Pela primeira vez, desde 1972, a academia colocou o apresentador do Oscar para anunciar os indicados, o que não ocorria desde Charlton Heston. Seth MacFarlane, diretor do desbocado Ted (indicado ao Oscar de música com Everybody needs a best friend), quebrou a tradição em apresentação marcada por piadinhas que, com a ajuda da atriz Emma Stone, tiraram boas risadas da plateia.
Outra novidade deste ano foi o anúncio dos indicados ter sido feito com duas semanas de antecedência. Tal antecipação gerou burburinho pois, se por um lado cria o risco de alguns filmes (não indicados) perderem bilheteria, por outro, pode abrir brecha para mais estreias. Assim, o espectador terá a chance de ver a maioria dos filmes antes da cerimônia de entrega da estatueta. Em Belo Horizonte, estão em cartaz apenas o chileno No e As aventuras de Pi. No próximo sábado, 12, haverá sessão de pré-estreia de Amor em duas salas da cidade – o filme entra em cartaz no dia 18 (veja lista de estreias abaixo).
Se Daniel Day-Lewis vem sendo apontado como barbada para a estatueta de ator, surpresa é a indicação de Bradley Cooper, conhecido pela comédia Se beber não case, pela sua atuação na comédia romântica (gênero que não costuma atrair a academia) O lado bom da vida. Entre “elas”, a briga, de acordo com público e crítica internacionais (os filmes ainda não chegaram aqui) deve ficar entre Jennifer Lawrence, por O lado bom da vida, e Jessica Chastain, por A hora mais escura. Disputa quente deve ser mesmo a dos atores coadjuvantes, só feras: Alan Arkin, Robert De Niro, Philip Seymour Hoffman, Tommy Lee Jones e Christoph Walt.
Se já existem perdedores pode se dizer que são Quentin Tarantino e Kathryn Bigelow, ambos alijados da competição pelo Oscar de diretor. Nos dois casos, ao que parece, por questões políticas. Ele por mais um filme violento, Django livre, em momento em que os americanos ainda choram os trágicos tiroteios em Newtown, Connecticut. Já o filme de Bigelow, A hora mais escura, sobre a caçada de uma década a Osama bin Laden, vem sendo considerado controverso.
saiba mais
As aventuras de Pi – em 10 salas
No – Belas 1, às 19h
Amor, pré-estreia sábado, 12, às 21h45, no Ponteio, e às 21h30, no Belas
Candidatos ao prêmio que chegam à capital mineira em breve:
Em 18 de janeiro
Amor, Django livre, A hora mais escura
Dia 25
Lincoln, O mestre
1º de fevereiro
O lado bom da vida, Os miseráveis
8 de fevereiro
Indomável sonhadora