O impossível narra a história de uma família que vence a força destruidora da natureza

Longa de catástrofe chega aos cinemas de Belo Horizonte esta sexta-feira, 22

por Carolina Braga 21/12/2012 07:00

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PARIS FILMES/DIVULGAÇÃO
Interpretação deMaría de Naomi Watts tem rendido à atriz indicações a prêmios importantes (foto: PARIS FILMES/DIVULGAÇÃO)
Considerado o maior fenômeno do ano no cinema espanhol, O impossível é o primeiro e muito bem sucedido projeto internacional do diretor catalão Juan Antonio Bayona. Trata-se do drama real vivido pela família de María, Quique, Lucas, Tomás e Simón, conterrâneos do cineasta que, em dezembro de 2004, foram vítimas da maior catástrofe deste século, o tsunami que assolou o Oriente. O nome do filme é bastante apropriado, afinal,é mesmo difícil acreditar em tudo aquilo que se passou com eles. Veja mais imagens do filme Confira horários e salas de exibição do filme em Belo Horizonte Ao contrário do que pode parecer, em O impossível não são os efeitos especiais que chamam a atenção, ainda que as sequências da força avassaladora da natureza sejam impressionantes. A maneira realista como Bayona filma a tragédia é característica que merece destaque. Sem ser piegas ele gera suspense, cria angústia, tensão e, claro, toca a emoção de quem está no cinema.   A primeira meia hora do filme é de tirar o fôlego. Da feliz chegada para uma semana de descanso na praia à rápida – e completa–destruição do cenário paradisíaco, junto com aquela família somos estimulados a avalanche de sentimentos. Há medo, coragem, compaixão, esperança, perseverança, incredulidade.   Como testemunhas de um fato histórico,em alguma medida, todos temos na memória cenas do desastre. Porém, quando o filme nos convida a acompanhar o drama de uma família, essa bagagem prévia se potencializa. É como estar no olho do furacão e presenciar com lente de aumento–mesmo com distanciamento do cinema – as dificuldades enfrentadas por aqueles que estiveram imersos no cenário de destruição.   A maneira como as imagens são captadas contribui para esse clima. Nos momentos em close, Bayona favorece o lado psicológico dos personagens. Com longos travelings ao ritmo da correnteza, nos apresenta a terrível dimensão do fato. A escolha do elenco principal é ponto alto. A interpretação de María tem rendido a Naomi Watts indicações a prêmios badalados como o Globo de Ouro e o Critics Choice Awards. No entanto, não é só o trabalho dela que deve ser ressaltado, mas o de todo o núcleo familiar. Ewan McGregor, como o pai;o estreante na telona Samuel Joslin, como Thomas; Oaklee Pendergast, como Simón; e, principalmente, o jovem Tom Holland como Lucas, o filho mais velho,merecem todo o  reconhecimento. Vale ressaltar, ainda, a pequena,masmarcante, partici-Interpretação de María de Naomi Watts tem rendido à atriz indicações a prêmios importantes pação de Geraldine Chaplin.   Se é que há um escorregão em O impossível é a trilha sonora. As imagens são fortes o bastante para tocar qualquer espectador. Ao apelar por uma música que reforça os climas propostos, seja a tensão ou a emoção, é como se o som legendasse o que já está por demais explícito. Mesmo assim, O impossível é digno daquilo que vem conquistando. É ousado, importante e verdadeiro no que se propõe. Assista ao trailer do filme:


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