O cinema ainda engatinhava quando em 1907, surgiu a primeira adaptação de parte de Os Miseráveis, o romance mítico de Victor Hugo. Dois anos mais tarde, o pioneiro Edwin Potter fez outra adaptação parcial - e contou a história dos candelabros que Jean Valjean rouba do bispo.
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Em 1917, Frank Lloyd fez a primeira adaptação, mesmo sucinta, da totalidade da obra. Desde então, no cinema e mais tarde, na TV, Os Miseráveis ostenta a fama de ser um dos livros mais filmados - com Os Três Mosqueteiros, de outro francês, Alexandre Dumas, publicado em 1844.
Tomu Uchida, Lewis Millestone, Riccardo Freda, Jean-Paul Le Chanois, Claude Lelouch, Robert Hossein, José Dayan, Marcel Bluwal e Bille August foram apenas alguns dos diretores que contaram a implacável história da perseguição que o policial Javert move ao ex-presidiário Jean Valjean.
Fredric March, Jean Gabin, Liam Neeson, Jean-Paul Belmondo e Gérard Depardieu expressaram na tela - e na televisão - a humanidade de Valjean. Russell Crowe cria a obsessão de Javert pelo prisioneiro na versão musical de Tom Hooper, mas ele não era a primeira opção do diretor, que parecia mais inclinado a utilizar o ator britânico Paul Bettany.
Ambos os protagonistas se completam, como as duas faces de uma mesma moeda. Hugh Jackman garante que Russell Crowe lhe deu o diapasão para que ele criasse seu personagem - e também foi decisivo para certos aspectos de Wolverine que ele ressalta na nova versão do X-Man.
Quem primeiro teve a ideia de encenar "Os Miseráveis" como musical foi o ator e diretor francês Robert Hossein. Em 1980, ele estreou no Palais des Crongrès de Paris a versão com libreto de Alain Boublil e partitura de Claude-Michel Schönberg.
Na sequência, o próprio Hossein adaptou o drama para o cinema - enquanto estreava em Londres o musical com partitura de Schönberg e novas letras (em inglês) de Herbert Kretzmer. Daí para a Broadway e a consagração internacional foi só uma questão de tempo. A versão cinematográfica, cotadíssima para o Oscar, estreia no dia 1.º de fevereiro no Brasil.
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