Festival do Sul de Minas premia filmes brasileiros e estrangeiros

Testemunha 4, de Marcelo Grabowsky, foi um dos contemplados

13/12/2012 10:07

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Marcelo Grabowski / Divulgação
(foto: Marcelo Grabowski / Divulgação)
A primeira edição do Festival Internacional de Cinema Move Cine Arte, promovido em Monte Verde, no Sul de Minas, com curadoria de Andre Fratti Costa e direção de Tassia Quirino, premiou obras que vêm conquistando público e crítica em eventos nacionais e internacionais. O prêmio de melhor filme ficou com A arca do Éden, de Marcelo Felix, de Portugal. O filme-viagem interroga a conservação na botânica e no cinema e se torna espécie de ensaio sobre a descoberta e a memória. Já o prêmio Diálogos fronteriços foi dado ao brasileiro Testemunha 4, de Marcelo Grabowsky. O filme procura entender os limites entre atriz e personagem. Mostra o intenso processo de interpretação de Carla Ribas dentro e fora do set na produção sobre interrogatório do Holocausto. O troféu Poéticas investigativas foi dado a outra obra brasileira, Shoot yourself, de Paula Alzugaray e Ricardo van Steen. Explorando as possibilidades semânticas do verbo inglês shoot (que significa tanto filmar quanto atirar), aborda os limites entre a performance e a fotografia por meio da construção da imagem de si próprio. Fazem parte do projeto os artistas Tania Bruguera (Cuba), Gary Hill (Estados Unidos), Esther Ferrer (Espanha), Calvacreation (França), Cripta Djan (Brasil), Rebecca Horn (Alemanha), Pipilotti Rist (Suíça), Paula Garcia (Brasil) e Ghazel (Irã). Outra premiação do festival, Ensaio de arte foi dada a Opalka – Uma vida, uma obra, de Andrzej Sapija, da Polônia. O documentário relata curiosa experiência do artista franco-polonês Roman Opalka (1931-2011), que, durante os 45 anos finais de sua vida, dedicou-se diariamente a um único trabalho. Ele pintou cinco telas por ano, obras que eram uma tentativa do registro da irreversível passagem do tempo. Sobre suas cidades, a grama crescerá, de Sophie Fiennes, da Inglaterra, recebeu menção honrosa. O filme tem como personagem central Anselm Kiefer, criador da Alemanha instalado na França, célebre por ter construído um atelier-colina chamado La Ribotte, composto por 48 edifícios repartidos sobre 35 hectares. A câmera passeia longa e silenciosamente entre materiais e obras do artista, percorrendo seu universo de couros, cinzas, concretos, ácidos, vidros, terras e ouros. Veja mais informações sobre o festival em https://movecinearte.com.br.

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