A dominação começa efetivamente nesta quarta. Somente em Belo Horizonte, 17 salas promovem, na virada de quarta para quinta-feira, a pré-estreia de A saga Crepúsculo: Amanhecer – O final, quinto filme do açucarado romance inspirado na tetralogia de Stephenie Meyer sobre o amor entre um vampiro e uma mortal. Com todas as sessões da pré esgotadas, o longa-metragem dirigido por Bill Condon estreia, simultaneamente, no Brasil e nos Estados Unidos. Somente no país, serão 1,2 mil salas a exibirem a história estrelada por Kristen Stewart, Robert Pattinson e Taylor Lautner. Nas próximas semanas, renda-se a ele, ou tente encontrar uma sala em que o blockbuster não estará sendo apresentado. Serão poucas, não resta dúvidas. Você pode não ter lido os livros ou feito questão de ter passado longe dos cinemas que exibiram os quatro filmes anteriores, mas não há como não ter ouvido falar de um dos maiores fenômenos de massa desse início de milênio. Nos últimos quatro anos, adolescentes (e outras nem tão jovens assim) se encantaram com o bom-mocismo de Edward Cullen, o vampiro do bem que fez de Robert Pattinson um astro, que cai de amores por uma jovem comum, Bella Swan. Foi ela quem alçou o nome de Kristen Stewart ao estrelato. Até o quarto filme, havia um embate entre o amor puro dos dois, já que ela tinha outro apaixonado, o menino-lobo Jacob Black (Lautner). Agora, a história toma outro rumo. Na parte final da saga, Bella, casada com Edward e transformada em vampira, tem com ele Renesmee, a filha mezzo humana, mezzo imortal. A primeira grande questão da história será o amor avassalador que toma conta de Jacob assim que vê a criança (que, cheia de poderes, cresce rapidamente a cada dia). O fenômeno, para não iniciados, leva o nome de imprinting, um estranho neologismo criado por Stephenie Meyer. Lautner, que esteve há algumas semanas no Rio de Janeiro para divulgar o filme e encontrar-se com fãs, deu uma explicação simples para tal: “Stephenie me explicou o que é imprinting de maneira muito simples: ‘É uma ligação de vida entre duas pessoas, Taylor. Não pense demais sobre a questão. É apenas isso.’ Nessa segunda parte do filme, nosso relacionamento é mais como uma relação de irmão e irmã”, afirmou o ator, de 20 anos. Tomado quase como um segredo de estado – na sessão para a imprensa brasileira foram apresentados apenas oito minutos das quase duas horas do longa – pouco se sabe sobre a maneira com que Condon, que também assinou a primeira parte de Amanhecer (filme mais visto nos cinemas brasileiros em 2011), resolveu a história. Lautner deu pequenas pistas. “De toda a saga, é o filme para um público mais abrangente. Tem muita ação, ainda que o romance esteja no ar. Mas se os caras tiverem que assistir a um longa da série, definitivamente o filme é esse.” Sobre o fim da narrativa, que muitos apostam ser diferente do encerramento do livro, Lautner adiantou pouco: “Nossa função é dar vida aos livros que as fãs tanto amam. Mas nas adaptações para o cinema, algumas coisas são adicionadas para ser enfatizadas. Comparando com o livro, haverá algumas novidades, mas as questões realmente importantes não mudaram.” O mistério será desfeito nesta noite, provavelmente entre muitas lágrimas com o fim da saga. Perdão público Há o suspense do filme, mas há também o da vida real. Na segunda-feira à noite, houve em Los Angeles a primeira aparição pública de Kristen Stewart e Robert Pattinson desde que ela foi pega aos beijos, em julho, com o diretor Rupert Sanders. Os dois foram fotografados em pré-estreia no Nokia Theater (o mesmo da cerimônia do Oscar), que reuniu ainda cerca de 2 mil fãs, acampados desde o fim da semana passada para conseguir participar do evento. Os dois teriam reatado o namoro no mês passado, depois de um pedido de perdão público da atriz.