Projeta Brasil exibe 14 filmes, que devem atrair mais de 130 mil pessoas às salas de exibição

Professora de cinema da Una, Suzana Ferreira diz que público brasileiro adere facilmente às comédias

por Carolina Braga 12/11/2012 10:13

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Marcos Vieira/D.A Press
(foto: Marcos Vieira/D.A Press)
 

Este ano, o cinema brasileiro pode até não ter alcançado números tão expressivos quanto nos últimos anos. Ainda que a comédia E aí, comeu? tenha atingido a marca de 2.550.354 espectadores, de acordo com as pesquisas realizadas pelo site Filme B, ocupa apenas a 17ª posição entre as 20 produções mais vistas em 12 anos. Se os números não surpreenderam, a tendência para a comédia é algo que tem chamado a atenção. O reflexo disso pode ser observado nesta segunda, durante o Projeta Brasil, realizado pela Rede Cinemark. Leia também: Mostra de Cinema e Direitos Humanos chega a Belo Horizonte Era uma vez eu, Verônica, tem pré-estreia no Belas Artes Exposição de filmes e vídeos no Palácio das Artes reúne obras do Instituto Itaú Cultural Os três cinemas mantidos pela rede em BH terão parte de sua programação dedicada a exibir – todos com ingressos a R$ 3 – 14 filmes brasileiros lançados entre novembro de 2011 e outubro de 2012. Desses, cinco são comédias: As aventuras de Agamenon, o repórter; Billi pig; E aí, comeu?; O diário de Tati e Totalmente inocentes. “A comédia caiu no gosto popular mesmo. Sempre leva grande público ao cinema e, principalmente este ano, todas funcionaram muito bem”, analisa a gerente de marketing da rede, Maricy Leal. Como comenta a professora do curso de cinema da Una Suzana Ferreira, historicamente observa-se que o público brasileiro adere facilmente às comédias. Basta lembrar o sucesso que fizeram os longas protagonizados por Oscarito ou Grande Otelo, por exemplo. “Eles fizeram 13 filmes juntos e todos com casa cheia. Há uma tradição de comédia”, observa. O fenômeno contemporâneo, no entanto, como Suzana ressalta, soma outro fator: a força desempenhada pela televisão. As bilheterias mais expressivas deste ano para o cinema nacional, a começar por E aí, comeu?, têm elenco formado por atores que também marcam presença na televisão. “A visibilidade que os atores têm é incrível. Querendo ou não, eles entram na sua casa todos os dias”, destaca Suzana. Apesar da força da TV, a professora comemora o amadurecimento desse gênero no cinema. “A relação dos atores com a câmera do cinema é diferente, assim como a marcação. Mesmo que as comédias sejam muito populares, há uma esperteza no texto”, destaca. Há 13 anos, quando o projeto começou a ser realizado, grande parte dos filmes selecionados para exibição era drama. “Acompanhamos a evolução do cinema brasileiro. Hoje, o que diferencia é a variedade de gêneros”, completa. Além das comédias e dos dramas, a animação 31 minutos representa bem o filme dedicado à criançada. A expectativa da rede é de pelo menos repetir o público do ano passado, que foi de 133 mil espectadores em todo o país. Para ter uma ideia do quanto isso significa, em um dia normal, segundo Maricy Leal, o público médio da rede é de 50 mil espectadores. Para ela, não é apenas o preço promocional que garante o movimento. O Projeta Brasil é também uma segunda chance para quem perdeu o longa enquanto esteve em cartaz no circuito.



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