Trinta anos depois de sua morte, Grace Kelly inspira noivas, atrizes e candidatas a ícone fashion

Filme, coleção de objetos de luxo e trio de bonecas homenageiam a diva das telas

por Ana Clara Brant 14/09/2012 11:21

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O Cruzeiro/EM/D.A Press
O príncipe Rainier e Grace com os filhos Albert e Caroline (foto: O Cruzeiro/EM/D.A Press )
Um carro em alta velocidade percorre o cenário paradisíaco da estrada sinuosa à beira do Mediterrâneo, na riviera francesa. Na direção, um dos ícones da beleza do século 20: Grace Kelly. A cena bem que poderia ser de filme – e era: Ladrão de casaca, do diretor Alfred Hitchcock, rodado em 1955. Por infeliz coincidência, 27 anos depois, na mesma rodovia, Grace teria sofrido um AVC. Ao lado da filha, Stéphanie, a princesa de Mônaco dirigia o Rover 3.500, que despencou no abismo e pegou fogo. Em 14 de setembro de 1982, morria a lenda do cinema, aos 52 anos. Veja mais fotos de Grace Kelly
Para lembrar três décadas sem a atriz americana – nascida em 1929 em família aristocrática da Filadélfia –, começa a ser rodada, no fim deste ano, no Sul da França, a produção estrelada por Nicole Kidman, no papel da estrela, e Tim Roth como Rainier III. Dirigido por Olivier Dahan (Piaf – Um hino ao amor), o longa Grace of Monaco aborda o período da década de 1960 em que o líder francês Charles De Gaulle e o príncipe de Mônaco entraram em atrito por questões fiscais.
A França havia dado seis meses para que Mônaco reformasse suas leis, mas o prazo não foi cumprido. O longa retratará as manobras políticas de Grace e do marido para salvar o principado. Muitos críticos afirmam que o melhor papel de Grace Kelly foi justamente o de princesa de Mônaco, apesar de ela ter ganhado um Oscar por sua atuação em Amar é sofrer (1954), derrotando Judy Garland.
Para o músico Bob Tostes, produtor do programa Cinema songs, da Rádio Guarani FM, há dois tipos de ator: o camaleão, como Meryl Streep, que se transforma no personagem, e aquele como Grace: a personalidade do artista fascina tanto o público que ele acaba interpretando a si próprio.
“Grace era uma princesa em cena. Tinha personalidade especial, era difícil você dissociá-la da personagem, daquela mulher refinada e elegante. Tanto é que nos dois últimos filmes antes de se casar, O cisne e Alta sociedade, ela faz uma princesa. Era uma figura linda e encanta até hoje”, opina Bob.
Grace começou a carreira no teatro. Seu primeiro trabalho nas telonas foi Quatorze horas, em 1951. Ela se tornaria conhecida ao filmar Matar ou morrer, com Gary Cooper, um ano depois. Alfred Hitchcock fez dela musa. Grace estrelou três produções do diretor inglês: Disque M para matar, Janela indiscreta e Ladrão de casaca. Por causa desse último, conheceu o príncipe Rainier, de Mônaco, pois as locações se passaram na Côte d’Azur. Ao se casar com ele, abandonou Hollywood e teve três filhos: Caroline, Albert e Stéphanie.
“Hitchcock valorizou Grace Kelly como ninguém. Ela correspondia ao modelo de personagem feminina que ele queria: a loura linda, chique e glacial. Inclusive, o diretor chegou a convidar a princesa para voltar às telas. Ela até queria, mas os monegascos não aprovaram. Acabou não dando certo”, relembra Bob Tostes. 
 
Ícone fashion 
 
Grace Kelly é símbolo de moda, beleza e elegância. A princesa britânica Kate Middleton, por exemplo, copiou a diva, em 2011. O vestido de noiva da mulher do príncipe William se inspirou no modelo usado pela atriz americana para se casar com Rainier, em 1956.
 
Nos 30 anos de sua morte, a princesa de Mônaco é homenageada com a coleção especial de joias, relógios e canetas-tinteiro da Montblanc. Ela inspirou também três bonecas da Mattel, fabricante da Barbie.
 
A Barbie Bride usa a réplica do clássico vestido de noiva de Grace. O longo azul bicolor e a echarpe esvoaçante com que a atriz desfila em Ladrão de casaca enfeitam a segunda boneca. A terceira Barbie exibe o modelito da atriz no Festival de Cannes, em 1955: pretinho floral com saia godê, arranjo de cabeça, escarpim, luvas e colar de pérolas. 


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