Batman retorna melancólico no terceiro filme da trilogia dirigida por Christopher Nolan

Sem superpoderes, o herói Batman precisa convencer pela dimensão humana

por Carolina Braga 27/07/2012 07:00

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(foto: Divulgação)
Há quem atribua o fascínio exercido por Batman ao fato de ele ser um cidadão relativamente comum, provido de senso de justiça. Afinal, diferentemente de Super-Homem ou Homem-Aranha, Bruce Wayne não tem superpoderes. Mas isso não quer dizer que fantasia não faça parte do sombrio universo do personagem, criado em 1939. Pelo contrário. Talvez fosse o caso de dizer que trata-se de um tipo de fantasia mais humana, mais relacionada ao poder do mito do herói do que propriamente às ações da ordem do sobrenatural. Por isso nos soa tão próxima. E cada vez mais. Veja mais fotos do filme
É raro que uma trilogia sobre um personagem cultuado como este mantenha um nível tão alto de aprovação entre a comunidade de fãs. Para alcançar tal feito, o diretor Christopher Nolan não precisou abrir mão das peripécias comuns em filmes de aventura. Os veículos poderosos continuam na ativa, a armadura está até mais imponente, mas o cavaleiro das trevas não fica só nisso. Mais uma vez, o que dá pertinência à trama são as apostas feitas na fragilidade do homem por trás do herói. Batman não é invencível. É incansável. 
Em Batman: o cavaleiro das trevas ressurge a trama gira em torno da volta do terrorista Bane à Gothan City. Recolhido em seu casarão, Bruce Wayne amarga oito anos de melancolia. Machucado, praticamente falido, parece mesmo ter abandonado o senso de justiça que nutriu durante muito tempo. Mas Batman é Batman. 
Se versatilidade é algo que acompanha o personagem desde os primórdios, agora não é diferente. Os roteiristas Christopher e Jonathan Nolan se apropriaram muito bem dessa característica ao construir uma narrativa não linear, lotada de surpresas. Tanto é assim que nem tudo que surge na tela é o que parece. Nem mesmo os papéis de vilões e mocinhos estão totalmente definidos na trama. É bom que as máscaras caiam, afinal, o mundo não é assim?
Além de acertar ao explorar o viés psicológico do protagonista, Christopher Nolan reafirma o talento em lidar com o elenco. Christian Bale (Batman/Bruce Wayne), Gary Oldman (comissário Gordon), Morgan Freeman (Fox) e Michael Caine (Alfred) repetem as bem-sucedidas atuações dos filmes anteriores. Como o vilão Bane, Tom Hardy, mesmo com os movimentos do rosto limitados, demonstra muita força. 
Em termos de atuação, vale prestar bastante atenção na providencial – e importante – inconstância da Mulher-Gato de Anne Hathaway e na criação de Marion Cotillard para a personagem Miranda. Se os homens têm a força, para o bem ou para o mal, elas não abrem mão da sutileza. Assista ao trailer do filme:


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