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Mesmo com divulgação restrita a grupos no Facebook, o Pena de Pavão e Krishna reuniu cerca de 3 mil foliões na Praça Apa, no Bairro Jardim América. Quase todos os participantes tinham o rosto pintado de azul. O bloco era guiado por um carro elétrico com um pavão em destaque, além de um violinista e um violonista e atabaques. O endereço da praça onde a turma se concentrou foi mantido em sigilo pelos organizadores por temor de que as ruas do bairro não suportassem receber um número muito grande de pessoas.
A designer Adê Scalco, de 37 anos, demorou a chegar ao Jardim América, onde iria acompanhar o Pena de Pavão de Krishna, ao ter dificuldade para localizar o ponto de concentração, mas não se arrependeu. “O bloco é maravilhoso. Tudo muito colorido, com as cores verde, magenta e azul-anil. Além disso, as músicas são afoxé, tropicália e Hari Krishna”, disse. De acordo com ela, quando saiu da Praça Apa, a multidão se dirigiu para a comunidade da Ventosa, onde foi muito bem recebida pelos moradores. “As pessoas ajudaram e interagiram com os foliões. Todo mundo entrou no clima, e o desfile terminou na quadra da escola da comunidade.”
No Bairro Cidade Nova, Luciana de Paula, presidente do Instituto do Bem, que organizou o carnaval para as crianças, conta que sua motivação foi o filho de 1 ano e meio. Animados pelo grupo Tambolelê, e ao embalo de música afro-mineira, crianças e adultos acompanharam o bloco pelas ruas em volta do Parque Marcos Mazzoni. Depois do desfile, dois bailinhos encerraram a festa, animados pelos DJs Samberçário Groove e Rockababy. “Eu queria que meu filho se divertisse no carnaval. Ano passado fomos a Santa Teresa, mas a festa era para adultos”, diz.
PELA MANHÃ No Só Frituras, Ronaldo Rogério, de 52, segundo ele mesmo, “corpinho de 18”, saiu da Região da Pampulha em busca da folia e acabou parando na Avenida Prudente de Morais, na Região Centro-Sul, para entrar no clima carnavaleco com a família. “Tentei primeiro um bloco no Bairro Caiçara, mas o movimento ainda não tinha começado”, conta. Apesar da presença de cerca de 100 pessoas, havia animação. O engenheiro Rogério Oliveira, de 57, fundador do bloco, e seu amigo, o consultor César Leandro Soares de Castro, acordaram às 4h de ontem para começar a fritar torresmo, asinha e coxinha de frango. “No sábado trabalhamos o dia inteiro cozinhando tudo. Queremos combater essa frescura de as pessoas comerem só alface”, brincou Oliveira.
No Samba, mas com Beatles
O Bloco do Sargento Pimenta foi a principal atração do carnaval 2014 do Brasil S/A, no Trevo Seis Pistas, que atraiu milhares de foliões de BH, região e até de outros estados na noite de sábado. A folia só terminou perto das 3h de ontem. Os ingressos se esgotaram. O show, com samba de raiz, Beatles e outros ritmos, garantiu 100% de animação. Muita gente passou por lá fantasiada. Ruim apenas foi a burocracia na chegada: quem comprou entrada pela internet enfrentou duas filas. A primeira para resgatar o bilhete, e outra para entrar.
Banca móvel lucrando com a meninada
Água vendida até pelo dobro
Se a turma da cerveja reclamou dos preços dos ambulantes (em torno de R$ 5), quem bebia água achou valores variados. O produto chegava a custar o dobro, dependendo da região. No Concórdia, a garrafa de 500ml saía a R$ 2. Na Rua Guaicurus, a R$ 3. No Jardim América, a R$ 4.
Temporal gera dispersão em Santa Tereza
A chuva em Santa Tereza fez muito folião correr em busca de abrigo e desistir da festa no fim da tarde de ontem. Concentrações tradicionais, como o Bloco da Esquina, perderam força. A combinação temporal, multidão e ruas estreitas desaguou em engarrafamentos.
EU, FOLIÃO
O casal de aposentados Antônio Nunes, 75 anos, e Selma Lígia Leite, de 77, caiu na folia no bloco Só Frituras, na Avenida Prudente de Morais. Carnavalescos de carteirinha, os dois já foram porta-bandeira e mestre-sala da festa de Momo organizada pelo Serviço Social do Comércio (Sesc). “O carnaval lá acabou, mas nós continuamos a nos fantasiar e a sair para desfilar”, contou Nunes. Ontem, ao ouvir o batuque na rua, Selma desceu para checar se realmente haveria um bloco carnavalesco na vizinhança. Confirmada a notícia, voltou depressa para casa e, junto com o marido, fantasiaram-se. Os dois saíram vestidos de palhaços. “Fiquei muito feliz. Pena que a maquiagem ficou a desejar”, disse Selma.