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Estado de Minas

Exposição, festa junina e lançamento de publicações homenageiam Guignard

Programação em Ouro Preto vai até quinta-feira, dedicada ao artista plástico que fez de Minas Gerais a inspiração de sua vida


23/06/2017 08:00 - atualizado 23/06/2017 14:44

(foto: Luiz Alfredo/Arquivo O Cruzeiro/EM/D.A Press)
(foto: Luiz Alfredo/Arquivo O Cruzeiro/EM/D.A Press)
Começa hoje, em Ouro Preto a 7ª Semana Guignard. Vários eventos homenagearão o pintor, mestre de gerações de artistas plásticos mineiros – entre eles, Amilcar de Castro, Farnese de Andrade, Maria Helena Andrés, Alvaro Apocalypse, Sara Ávila, Lygia Clark e Yara Tupinambá. Nascido em Nova Friburgo (RJ), Guignard (1896-1962) foi um dos destaques do movimento modernista. A partir de 1944, transferiu-se para Minas Gerais. No parque municipal de BH, dava aulas em sua famosa escolinha. Os quadros que pintou de Ouro Preto se tornaram icônicos.

A partir de hoje, no Museu Casa Guignard, mostra de longa duração vai destacar o trabalho do artista plástico como ilustrador. O público poderá conferir também retratos, objetos, paisagens, os Cartões para Amalita e fotografias do artista.

O conjunto foi distribuído nos diversos espaços do museu com a intenção de valorizar e dar visibilidade à coleção da instituição. O público terá acesso à cronologia completa da trajetória do artista. Também estarão lá livros e publicações com desenhos de Guignard recém-adquiridos pelo museu.

“Guignard era uma artista excepcional. É maravilhoso poder organizar a Semana, relembrar os passos dele e reunir todo o acervo que conseguimos adquirir até agora”, afirma Gélcio Fortes, coordenador do museu.

Um dos destaques da mostra são os retratos que Guignard pintou de Regina e Roberto Lacerda, de 1961, cedidos ao museu em comodato pelas filhas do casal, e Paisagem de Ouro Preto, aquarela de 1947 adquirida em campanha promovida pela Associação de Amigos do Museu Casa Guignard.

BANDEIRA Esta noite, serão lançados o catálogo da exposição e o livro Dedicatórias para Guignard. Guardado pelo artista entre 1937 e 1959, ele traz cartas, textos, poemas, desenhos e homenagens prestadas por amigos, como o poeta Manoel Bandeira, alunos e admiradores.

“Em sua sétima edição, a semana dedicada a Guignard nasceu de forma despretensiosa com a festa de São João realizada em frente ao museu, na qual sempre eram projetadas obras do artista nas edificações”, lembra Gélcio Fortes. Para manter a tradição, amanhã será realizada a Noite de São João, tema constante das obras de Guignard, com apresentação de quadrilhas e show da banda Candonguero, além do cortejo em direção à Rua Direita com a participação de Banda do Rosário.

Entre as obras expostas, o álbum Cartões para Amalita intriga os estudiosos da obra de Guignard. A coleção é composta por um conjunto de desenhos e cartões ilustrados que o pintor dedicou à pianista Amalita Fontenele. Os cartões foram descobertos há 30 anos – até então, ninguém nunca ouvira falar daquela correspondência, que revelava uma história de amor. Fortes diz que os cartões têm a mesma qualidade dos quadros importantes pintados por Guignard.

“É uma história que ninguém sabe como se deu. Se ele fez os cartões e nunca os enviou ou se, por algum motivo, eles foram devolvidos”, explica o coordenador do Museu Casa Guignard. Escritos em português e francês, eles trazem delicados sobre o universo da música e da pintura. Textos trazem declarações de amor, mensagens de Natal, Ano-Novo e aniversário.

CARDÁPIO Guignard também ilustrou e reproduziu o cardápio do Restaurante Cassino Atlântico, no Rio de Janeiro. Para homenageá-lo, no domingo será realizado um almoço temático inspirado naqueles cartões. “A ideia, a princípio, era reproduzir os pratos, mas a dificuldade de acesso às receitas fez com que a gente pensasse em outros pratos, mesclando ingredientes de lugares onde ele viveu, como Alemanha, Rio de Janeiro e Minas Gerais”, afirma Philipe Passos, proprietário do restaurante ouro-pretano Bené da Flauta.

A agenda inclui o lançamento do vídeo Passos de Guignard – Do mundo para Ouro Preto, a pesquisa Guignard na Fundação Osório (Rio de Janeiro), instituição militar de atendimento a crianças órfãs onde o artista deu aulas na década de 1930; oficinas de cartões; debates, palestras e mesas de conversa.

Também faz parte da semana a exposição temporária Álbum Guignard, com reprodução das 23 ilustrações veiculadas em 1942 e 1943 no suplemento Artes e Letras do jornal carioca A Manhã.

7ª SEMANA GUIGNARD
De hoje a quinta-feira. Museu Casa Guignard, Rua Conde de Bobadela (Rua Direita), 110, Centro Histórico de Ouro Preto. Aberto de terça a sexta-feira, das 12h às 18h; sábado e domingo, das 10h às 15h. Informações: (31) 3551-5155 e www.museuguignard.mg.gov.br


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