Filarmônica de Minas Gerais apresenta violinista Anthony Flint, Spalla da Orquestra, como solista

DATA

  • 21/09/2017 à 22/09/2017

LOCAL / INFO

PREÇOS

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FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS APRESENTA VIOLINISTA ANTHONY FLINT, SPALLA DA ORQUESTRA, COMO SOLISTA 

No repertório, peças de Britten, Vaughan Williams  e Dvorák

 

O violinista e Spalla da Filarmônica de Minas Gerais, Anthony Flint, é o solista convidado dos concertos dos dias 21 e 22 de setembro. O músico interpretará Ascensão da cotovia, de Vaughan Williams, e Romance em fá menor, de Dvorák. Sob regência do maestro Marcos Arakaki, a Orquestra apresenta, ainda, Variações sobre um tema de Frank Bridge, de Britten, e Sinfonia nº 7 em ré menor, também de Dvorák.

 

Na série de palestras sobre obras, compositores e solistas, que a Filarmônica promove antes das apresentações, das 19h30 às 20h, o convidado é o compositor e professor Guilherme Nascimento, da Escola de Música da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). As palestras são gravadas e ficam disponíveis no site da Orquestra, no menu Concertos Comentados.

 

Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais e contam com o patrocínio do Mercantil do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Já as palestras dos Concertos Comentados são apresentadas pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Líder Aviação.

 

O repertório

 

Benjamin Britten (Lowestoft, Inglaterra, 1913 &ndash Aldeburgh, Inglaterra, 1976) e a obra Variações sobre um tema de Frank Bridge, op. 10 (1937)

 

O ano de 1937 foi decisivo para Benjamin Britten. A perda da mãe, ainda em janeiro, embora dolorosa, foi libertadora &ndash o compositor inglês viu-se finalmente livre para expressar sua homossexualidade. Em março, conheceu Peter Pears, seu companheiro. E, poucos meses depois, iniciou a composição da obra encomendada por Boyd Neel para o Festival de Salzburgo, as Variações sobre um tema de Frank Bridge. Ela foi concebida como um tributo a Frank Bridge, a principal referência musical de Britten desde seus 13 anos. As Variações têm por tema a ideia central do segundo dos Três Idílios para Quarteto de Cordas do compositor homenageado, tema que Britten já havia usado na composição de seis incompletas variações para piano em 1932. A peça para orquestra de cordas conta com uma Introdução e Tema seguidos por dez variações, cada uma delas retratando um traço característico da personalidade de seu mestre. De acordo com as indicações no manuscrito, o Adágio representa sua integridade a Marcha, sua energia o Romance, seu charme a Ária italiana, seu humor a Bourrée clássica, sua tradição a Valsa vienense, seu entusiasmo o Moto-perpétuo, sua vitalidade a Marcha fúnebre, sua empatia e compreensão o Canto, sua reverência a Fuga e Finale, suas habilidades e nossa afeição.

 

Ralph Vaughan Williams (Down Ampney, Inglaterra, 1872- Londres, Inglaterra, 1958) e a obra A ascensão da cotovia (1914 &ndash revisão de 1920)

 

A I Guerra Mundial abriu um hiato no movimento nacionalista musical inglês, que tinha um grande interesse pelo folclore e pelo repertório pré-clássico. Reação ao domínio da linguagem musical alemã e italiana na Inglaterra do século XIX, o gosto por modelos nacionais esfriou, seja porque muitos dos jovens compositores ingleses perderam a vida no campo de batalha ou porque a cena musical nesse período manteve-se sob o controle do maestro Thomas Beecham, que tinha predileção pelas criações do continente. O interesse pela música nacional se reacendeu com o término da guerra e o retorno à Inglaterra, no começo de 1919, de Vaughan Williams, que servira na França. De volta à composição, Williams optou por retomar os projetos anteriores ao tempo no front, ao invés de buscar assimilar as experiências de seus últimos anos através da escrita de obras novas. É desse período A ascensão da cotovia. Três estrofes de um poema homônimo do poeta vitoriano George Meredith compõem a epígrafe da obra. Os momentos mais programáticos ficam por conta dos solos iniciais e finais do violino, que buscam representar musicalmente o canto e o voo do pássaro descritos nos versos de Meredith. A peça associa-se à tradição inglesa ao combinar natureza e misticismo e ao alinhar-se aos modelos concertantes barrocos ao invés dos românticos.

 

Antonín Dvorák (Nelahozeves, República Tcheca, 1841 &ndash Praga, República Tcheca, 1904) e as obras Romance em fá menor, op. 11 (1873/1877) e Sinfonia nº 7 em ré menor, op. 70 (1884/1885)

 

Em 1871, Dvorák passa a trabalhar na ópera Rei e Carvoeiro, op. 14, sob influência de Richard Wagner. Tentava, assim, entrar no circuito operístico de Praga. Em meio aos ensaios, porém, o regente Bedrich Smetana retira a peça da programação, devido a sua complexidade. Dvorák, então, destrói composições anteriores e muda o próprio estilo. Para além da influência de Mendelssohn, Schumann e Wagner, volta-se a Mozart e Beethoven. Dentre as primeiras obras de tal período, está o Quarteto de Cordas no 5 em fá menor, op. 9, embrião do Romance em fá menor, op. 11, cuja estreia se dá a 9 de dezembro de 1877, em Praga, com Josef Markus ao violino e a orquestra do Teatro Provisional, sob a regência de Adolf Cech.

 

Em 1883, o maestro inglês Joseph Barnby rege o Stabat Mater, de Dvorák, em Londres. O sucesso da peça gera diversos convites apresentações na cidade. O compositor torna-se membro honorário da Royal Philharmonic Society e recebe a encomenda de nova obra. Nasce, assim, a Sinfonia nº 7, cuja estreia ocorre a 22 de abril de 1885, no St. James Hall, com a Royal Philharmonic Society, sob regência do autor, que é ovacionado. Na obra, trompas, tímpanos e contrabaixos criam a atmosfera misteriosa do primeiro movimento (Allegro maestoso). O movimento (Poco adagio) convida à contemplação o terceiro (Vivace) é o Scherzo, enquanto o Finale (Allegro) revela-se bastante dramático.

 

Anthony Flint, violinista

 

Nascido na Inglaterra, onde inicia sua educação musical, Anthony Flint muda-se, ainda jovem, para o Canadá, onde estuda violino, com David Mankovitz, e piano, com Patricia Holt, no Royal Conservatory of Music, em Toronto. Conclui os estudos na Indiana University, em Bloomington, nos EUA, graduando-se, com a maior distinção, após estudar com James Buswell, Larry Shapiro, Franco Gulli e Joseph Gingold. Na adolescência, lidera a orquestra de Gian Carlo Menotti, no Festival dei Due Mondi em Spoleto, na Itália. Após a formatura, é convidado a liderar as orquestras CJRT Radio Symphony, em Toronto, e de Illinois, em Chicago. A partir de 1989, passa a atuar como spalla da Orchestra della Svizzera Italiana, em Lugano, na Suíça, cargo que ocupou até a aposentadoria, em 2012.

 

Flint também passou dez anos como spalla convidado da orquestra West Deutsches Rundfunk, em Colônia, na Alemanha, e cinco temporadas como spalla da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Osesp. Também liderou, regularmente, grupos como Orquestra Sinfônica de Bournemouth, BBC Northern na Escócia, National Opera na Inglaterra, Orquestra Gulbenkian, em Lisboa, e Zurcher Kammerorchester, em Zurique, na Suíça. Paralelamente à atividade de líder de importantes orquestras, o músico atuou como solista e camerista com artistas de renome internacional, como Vladimir Viardo, Jean Bernard Pommier, Bruno Pasquier, Yuri Bashmet, Wolfgang Boettcher, Wen Sinn Yang, Max Rabinovitz e Steven Swedish. Desde 2011, é spalla da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

 

Marcos Arakaki, regente

 

Marcos Arakaki é Regente Associado da Filarmônica de Minas Gerais e colabora com a Orquestra desde 2011. Sua trajetória artística é marcada por prêmios como o do 1º Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes 2001 e o Prêmio Camargo Guarnieri 2009, ambos como primeiro colocado. Foi também semifinalista no 3º Concurso Internacional Eduardo Mata, realizado na Cidade do México em 2007.

 

Marcos Arakaki tem dirigido outras importantes orquestras tanto no Brasil como no exterior. Estão entre elas as orquestras sinfônicas Brasileira (OSB), do Estado de São Paulo (Osesp), do Teatro Nacional Claudio Santoro, do Paraná, de Campinas, do Espírito Santo, da Paraíba, da Universidade de São Paulo, a Filarmônica de Goiás, Petrobras Sinfônica, Orquestra Experimental de Repertório, orquestras de Câmara da Cidade de Curitiba e da Osesp, Camerata Fukuda, dentre outras. No exterior, dirigiu as orquestras Filarmônica de Buenos Aires, Sinfônica de Xalapa, Filarmônica da Universidade Autônoma do México, Kharkiv Philharmonic da Ucrânia e a Boshlav Martinu Philharmonic da República Tcheca.

 

Marcos Arakaki foi regente assistente da Orquestra Sinfônica Brasileira e regente titular da OSB Jovem e da Orquestra Sinfônica da Paraíba.

 

Natural de São Paulo, Marcos Arakaki é Bacharel em Música pela Universidade Estadual Paulista e Mestre em Regência Orquestral pela Universidade de Massachusetts, Estados Unidos. Recebeu orientações de David Zinman na American Academy of Conducting at Aspen e participou de masterclasses com os maestros Kurt Masur, Charles Dutoit e Sir Neville Marriner.

 

Nos últimos dez anos, Marcos Arakaki tem contribuído de forma decisiva para a formação de novas plateias, por meio de apresentações didáticas, bem como para a difusão da música de concertos através de turnês a mais de setenta cidades brasileiras. Atua, ainda, como coordenador pedagógico, professor e palestrante em diversos projetos culturais, instituições musicais, universidades e conservatórios de vários estados brasileiros.

 

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

 

Belo Horizonte, 21 de fevereiro de 2008. Após meses de intenso trabalho, músicos e público viam um sonho tornar-se realidade com o primeiro concerto da primeira temporada da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Criada pelo Governo do Estado e gerida pela sociedade civil, nasceu com o compromisso de ser uma orquestra de excelência, cujo planejamento envolve concertos de série, programas educacionais, circulação e produção de conteúdos para a disseminação do repertório sinfônico brasileiro e universal. Um dos mais bem-sucedidos programas continuados no campo da música erudita, tanto em Minas Gerais como no Brasil, reconhecida com prêmios culturais e de desenvolvimento econômico, em 2017 a Filarmônica está apresentando sua décima temporada e continua contando com a participação de grandes músicos para celebrar a Música e o respeito conquistado junto ao público.

 

SERVIÇO

 

Série Allegro

21 de setembro &ndash 20h30

Sala Minas Gerais

 

Série Veloce

22 de setembro &ndash 20h30

Sala Minas Gerais

 

Marcos Arakaki, regente

Anthony Flint, violino

 

BRITTEN                                     Variações sobre um tema de Frank Bridge, op. 10

VAUGHAN WILLIAMS                 A ascensão da cotovia

DVORÁK                                     Romance em fá menor, op. 11

DVORÁK                                     Sinfonia nº 7 em ré menor, op. 70

 

 

Ingressos: R$ 40 (Balcão Palco e Coro), R$ 50 (Mezanino), R$ 62 (Balcão Lateral), R$ 85 (Plateia Central) e R$ 105 (Balcão Principal).

 

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

Funcionamento da bilheteria:

Sala Minas Gerais &ndash Rua Tenente Brito Melo, 1090 &ndash Bairro Barro Preto

De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 21h.

Aos sábados, das 12h às 18h.

Em sábados de concerto, das 12h às 21h.

Em domingos de concerto, das 9h às 13h.

 

São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.

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