Filarmônica de Minas Gerais é palco de um encontro de gênios

DATA

  • 17/08/2017 à 18/08/2017

LOCAL / INFO

PREÇOS

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FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS É PALCO DE UM ENCONTRO DE GÊNIOS

 

Mozart, Beethoven, Brahms e Pinchas Zukerman se encontram

para um concerto surpreendente, que conta, ainda, com Amanda Forsyth e Marcos Arakaki

 

Pinchas Zukerman é, e vem sendo por mais de quatro décadas, um fenômeno no mundo da música. É com ele e Amanda Forsyth, violoncelista de técnica notável e musicalidade excepcional, que a Filarmônica de Minas Gerais divide o palco nos concertos dos dias 17 e 18 de agosto. No programa, o público terá a oportunidade de conhecer duas facetas do gênio musical de Zukerman. Como regente, ele conduzirá o Rondó em Dó maior, K. 373, de Mozart, e a Sinfonia nº 1, de Beethoven. Como violinista, Zukerman será solista tanto na obra de Mozart, como no Concerto para violino e violoncelo, de Brahms, desta vez sob a regência de Marcos Arakaki.

 

Na série de palestras sobre obras, compositores e solistas que a Filarmônica promove antes das apresentações, das 19h30 às 20h, o convidado é João Gabriel Marques Fonseca, músico, médico e professor da Escola de Música da UFMG. As palestras são gravadas e ficam disponíveis no site da Orquestra, no menu Concertos Comentados.

 

Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais e contam com o patrocínio do Mercantil do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. As palestras contam com a apresentação do Ministério da Cultura e do Governo de Minas Gerais.

 

 

O repertório

 

Wolfgang Amadeus Mozart (Salzburgo, Áustria, 1756 &ndash Viena, Áustria, 1791) e a obra Rondó em Dó maior, K. 373 (1781)

 

A motivação de Mozart ao escrever música concertante para violino deve-se, em parte, a seu cargo na corte de Salzburgo, onde as pessoas amavam o instrumento &ndash e para o qual o compositor elaboraria cinco concertos completos. Refinado, o Rondó em Dó maior, K. 373, última obra do artista para violino e orquestra, talvez tenha sido composto como final de um concerto inédito, cujo planejamento é interrompido em 1781. No dia 8 de abril daquele ano, Antonio Brunetti estreia a peça em Viena, na residência do príncipe Colloredo, pai do arcebispo de Salzburgo. Seis anos separam o Rondó K. 373 dos cinco concertos precedentes de Mozart: nele, o papel do solista evolui, ao se revelar muito mais independente do tutti orquestral. O violino inicia a obra, ao apresentar o tema principal, e introduz os intermezzi. A cadência e o final encerram o Rondó com discrição e simplicidade.

 

Ludwig van Beethoven (Bonn, Alemanha, 1770 &ndash Viena, Áustria, 1827) e a obra Sinfonia nº 1 em Dó maior, op. 21 (1800)

 

Aos 22 anos, Beethoven fixa-se em Viena, cidade onde se destaca como grande pianista e busca a admiração do público e de seus patronos. Oito anos depois, ao reger a estreia de sua primeira sinfonia, no Teatro Imperial, o compositor já se afirmara como artista inquieto, em busca dos próprios ideais. A maioria dos ouvintes reagiu com assombro e incompreensão às suas inovações. Na Sinfonia nº 1, uma introdução, Adagio molto, abre a partitura com inesperado acorde &ldquodissonante&rdquo, o que, à época, causa assombro. O Andante cantabile con moto também tem forma sonata, com dois temas principais. Já o Minueto: Allegro molto e Vivace e o Finale caracteriza a obra como beethoveniana, devido aos tempos e ao dinamismo. O Finale inicia-se de maneira engenhosa, ganha ares de contagiante alegria, em função de uma série de notas em staccato, e se encerra de maneira luminosa.

 

Johannes Brahms (Hamburgo, Alemanha, 1833 &ndash Viena, Áustria, 1897) e a obra Concerto para violino e violoncelo em lá menor, op. 102 (1887)

 

Concertos duplos têm lugar de destaque na obra de Brahms, devido à inventividade (rítmica e harmônica) e à originalidade do compositor. Seu Concerto para violino e violoncelo em lá menor, op. 102 &ndash que estrearia em outubro de 1887, em Colônia, com Joseph Joachim ao violino e Robert Hausmann ao violoncelo, dirigidos por Brahms &ndash, é a última peça orquestral do músico, e impressiona pelo virtuosismo, pela riqueza e pelo diálogo estabelecido ao longo do percurso composicional. A obra se inicia com vigorosa exposição do material temático, interrompido por uma cadenza do violoncelo. O segundo movimento se marca por momentos de lirismo, com extrema delicadeza e vasto despojamento. Já o movimento conclusivo, um rondó-sonata, é pleno de vitalidade rítmica e faz lembrar, em diversas passagens, o espírito das obras mais populares do artista: as danças húngaras.

 

 

Pinchas Zukerman, violinista e regente convidado

 

Seu gênio musical, técnica prodigiosa e padrões artísticos sólidos são admirados por público e crítica. Devotado às novas gerações de músicos, inspirou artistas mais jovens. Seu entusiasmo pelo ensino resultou em programas inovadores em Londres, Nova York, China, Israel e Ottawa. Seu nome é igualmente respeitado como violinista, violista, maestro, pedagogo e músico de câmara. Nascido em Tel Aviv, em 1948, o artista estudou na Juilliard School, nos EUA, com Ivan Galamian. Foi premiado com a Medalha de Artes, o Prêmio Isaac Stern para Excelência Artística e nomeado primeiro mentor instrumentista do programa Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative na disciplina de música. Sua extensa discografia contém mais de cem títulos. Recebeu dois Grammy e 21 indicações.

 

Entre seus lançamentos recentes, estão a Sinfonia nº 4 e o Concerto Duplo, obras de Brahms, em parceria com a Orquestra do Centro Nacional de Artes e a violoncelista Amanda Forsyth, gravadas em performances no Southam Hall, em Ottawa, com a Orquestra Filarmônica Real. Na última década, Zukerman consagrou-se como maestro e instrumentista. Pedagogo dedicado e inovador, preside o Pinchas Zukerman Performance Program, na Manhattan School of Music, e foi pioneiro no uso da tecnologia de ensino a distância nas artes. No Canadá, foi diretor de Música da Orquestra do Centro Nacional de Artes, estabeleceu o NAC Institute for Orchestra Studies e o Summer Music Institut. Atualmente, é maestro emérito da Orquestra do Centro Nacional de Artes e diretor artístico do Programa de Jovens Artistas.

 

Amanda Forsyth, violoncelista

Vencedora do Prêmio Juno, a violoncelista Amanda Forsyth conta com reputação internacional, como solista e musicista de câmara. De 1999 a 2015, foi Violoncelo Principal da Orquestra do Centro Nacional de Artes do Canadá. Realizou turnês com as orquestras filarmônicas Real e de Israel e atuou com Radio de France, Gulbenkian de Lisboa, de Câmara Inglesa e Maggio Musicale. Nos EUA, tocou com as sinfônicas de San Diego, Colorado, Oregon e Grand Rapids e Dallas Symphony. Em 2011, performances com a Moscou Virtuosi foram transmitidas em rede nacional. Em 2012, apresentou-se com a Orquestra Mariinsky, em São Petersburgo, sob a batuta de Valery Gergiev, e participou da reabertura da sala Mariinsky Theatre, em 2013. Em 2014, estreou no Carnegie Hall com a Orquestra Filarmônica de Israel.

Como membro fundador do grupo Zukerman ChamberPlayers, Forsyth passou por Europa, Ásia, Oceania e Oriente Médio e América do Sul. Gravou pelos selos Sony Classics, Naxos, Altara, Fanfare, Marquis, Pro Arte e CBC. Em 2002, foi tema do documentário Amanda Rising: The Amanda Forsyth Story. Nascida na África do Sul, mudou-se para o Canadá ainda criança e começou a tocar violoncelo aos três anos. Tornou-se protégé de William Pleeth, em Londres, e estudou com Harvey Shapiro na Juilliard School. Em 2007, integrou a trilha sonora de Wynton Marsalis para The War, documentário sobre a 2ª Guerra Mundial, de Ken Burns, para a PBS. Sua gravação do Quinteto &ldquoA truta&rdquo, de Schubert, com o Zukerman ChamberPlayers e Yefim Bronfman, saiu, pela Sony, em 2008. Em 2016, lançou, pela Analekta Records, o Concerto Duplo de Brahms, com Pinchas Zukerman e a Orquestra do Centro Nacional de Artes.

Marcos Arakaki, regente

 

Marcos Arakaki é Regente Associado da Filarmônica de Minas Gerais e colabora com a Orquestra desde 2011. Sua trajetória artística é marcada por prêmios como o do 1º Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes 2001 e o Prêmio Camargo Guarnieri 2009, ambos como primeiro colocado. Foi também semifinalista no 3º Concurso Internacional Eduardo Mata, realizado na Cidade do México em 2007.

 

Marcos Arakaki tem dirigido outras importantes orquestras tanto no Brasil como no exterior. Estão entre elas as orquestras sinfônicas Brasileira (OSB), do Estado de São Paulo (Osesp), do Teatro Nacional Claudio Santoro, do Paraná, de Campinas, do Espírito Santo, da Paraíba, da Universidade de São Paulo, a Filarmônica de Goiás, Petrobras Sinfônica, Orquestra Experimental de Repertório, orquestras de Câmara da Cidade de Curitiba e da Osesp, Camerata Fukuda, dentre outras. No exterior, dirigiu as orquestras Filarmônica de Buenos Aires, Sinfônica de Xalapa, Filarmônica da Universidade Autônoma do México, Kharkiv Philharmonic da Ucrânia e a Boshlav Martinu Philharmonic da República Tcheca.

 

Marcos Arakaki foi regente assistente da Orquestra Sinfônica Brasileira e regente titular da OSB Jovem e da Orquestra Sinfônica da Paraíba.

 

Natural de São Paulo, Marcos Arakaki é Bacharel em Música pela Universidade Estadual Paulista e Mestre em Regência Orquestral pela Universidade de Massachusetts, Estados Unidos. Recebeu orientações de David Zinman na American Academy of Conducting at Aspen e participou de masterclasses com os maestros Kurt Masur, Charles Dutoit e Sir Neville Marriner.

Nos últimos dez anos, Marcos Arakaki tem contribuído de forma decisiva para a formação de novas plateias, por meio de apresentações didáticas, bem como para a difusão da música de concertos através de turnês a mais de setenta cidades brasileiras. Atua, ainda, como coordenador pedagógico, professor e palestrante em diversos projetos culturais, instituições musicais, universidades e conservatórios de vários estados brasileiros.

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

 

Belo Horizonte, 21 de fevereiro de 2008. Após meses de intenso trabalho, músicos e público viam um sonho tornar-se realidade com o primeiro concerto da primeira temporada da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Criada pelo Governo do Estado e gerida pela sociedade civil, nasceu com o compromisso de ser uma orquestra de excelência, cujo planejamento envolve concertos de série, programas educacionais, circulação e produção de conteúdos para a disseminação do repertório sinfônico brasileiro e universal. Um dos mais bem-sucedidos programas continuados no campo da música erudita, tanto em Minas Gerais como no Brasil, reconhecida com prêmios culturais e de desenvolvimento econômico, em 2017 a Filarmônica está apresentando sua décima temporada e continua contando com a participação de grandes músicos para celebrar a Música e o respeito conquistado junto ao público.

 

SERVIÇO

 

Série Allegro

17 de agosto &ndash 20h30

Sala Minas Gerais

 

Série Veloce

18 de agosto &ndash 20h30

Sala Minas Gerais

 

Pinchas Zukerman, regente convidado e violino

Amanda Forsyth, violoncelo

Marcos Arakaki, regente

 

 

MOZART                 Rondó em Dó maior, K. 373

BEETHOVEN           Sinfonia nº 1 em Dó maior, op. 21

BRAHMS                 Concerto para violino e violoncelo em lá menor, op. 102

 

 

Ingressos: R$ 40 (Balcão Palco e Coro), R$ 50 (Mezanino), R$ 62 (Balcão Lateral), R$ 85 (Plateia Central) e R$ 105 (Balcão Principal).

 

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

Funcionamento da bilheteria:

Sala Minas Gerais &ndash Rua Tenente Brito Melo, 1090 &ndash Bairro Barro Preto

De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 21h.

Aos sábados, das 12h às 18h.

Em sábados de concerto, das 12h às 21h.

Em domingos de concerto, das 9h às 13h.

 

São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.

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